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BIBLIOTECA NERD
PARTE I

Por Lu. Franzin
09/03/2020

Por que de nerd e louco, todo mundo tem um pouco!

Olá Mochileiros!

Então... a ideia era apresentar vinte e dois livros clássicos da cultura nerd de uma tacada só! Mas o texto ficou muito longo (por que cá entre nós: mostrar o nome e o autor sem uma sinopse do livro não ajuda em nada não é mesmo?), então resolvi dividir esse artigo em três partes aqui no Mochila Nerd.

Ah! Não se preocupe que logo a lista fica completa! Tenho certeza que você se cansaria na metade do caminho, se o texto estivesse em uma única parte.Aí ficaria com a culpa te atormentando por que iria querer conhecer todos, mas a falta de tempo, a preguiça, os afazeres do dia a dia, e blá, blá, blá... iriam te impedir de continuar lendo.

Problema resolvido: teremos uma “trilogia” de posts!

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Os livros dessa lista podem ser considerados membros oficiais de uma Senhora Biblioteca Nerd, mas o melhor disso, é que eles se encaixam em diversas tribos e nos unem dentro dessa maravilhosa viagem que é a leitura!

Quais desses você já leu? Qual você recomenda?

1- Viagem ao Centro da Terra - Júlio Verne(Lançado em 1864)

Ao decifrar o enigma de um velho pergaminho, o professor Lidenbrock e seu sobrinho, o jovem Áxel, deparam-se com um fascinante desafio: a possibilidade de chegar ao centro da Terra seguindo o relato de um cientista do século XII. Vencida a resistência do rapaz — que considerou a ideia “pura imaginação” —, os dois partem para o vulcão Sneffels, na remota ilha da Islândia, onde deveria ser iniciada a expedição. Nas entranhas do adormecido vulcão, Lidenbrock, Áxel e o guia local embarcam em uma viagem através dos tempos, permeando universos há muito extintos e outros que só a imaginação pode criar. Nessa jornada rumo ao desconhecido, o francês Júlio Verne expõe um dos aspectos mais interessantes de sua obra: a combinação da liberdade criativa com a exatidão da ciência.

Além da história fabulosa — rica em detalhes — e de seu impressionante embasamento teórico, a narrativa é bem-humorada e repleta de acontecimentos surpreendentes, que fazem de Viagem ao centro da Terra um clássico da literatura universal.

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2- A Guerra dos Mundos - H. G. Wells(Lançado em 1898)

Publicado pela primeira vez em 1898, essa obra-prima de ficção especulativa de H.G. Wells aterrorizou e divertiu gerações de leitores, gerou inúmeras imitações e serviu de inspiração a mestres como Orson Welles e Steven Spielberg. Por tempos, os homens foram estudados à distância pelos marcianos, que nos observavam como quem analisa micróbios por um microscópio. No final do século XIX, entretanto, eles partem para a Terra e aterrissam nos arredores de Londres. À primeira vista, os marcianos parecem risíveis; mal conseguem se mover, e não saem da cratera criada pela aterrissagem de sua espaçonave. Mas, conforme seus corpos começam a se acostumar com a gravidade terrestre, revela também seu verdadeiro poder. Os marcianos são máquinas biomecânicas assassinas com mais de 30 metros de altura, que destroem tudo a sua volta. Aniquilando toda tentativa de retaliação do exército britânico, eles rapidamente eles chegam à capital britânica, que é evacuada às pressas por uma população desesperançada.

O enredo é uma analogia à Inglaterra e à Europa do século XIX - potências imperialistas que submetiam, colonizavam e sugavam recursos de culturas menos avançadas tecnologicamente. Com A Guerra dos Mundos, Wells procurava mostrar o que seria da Inglaterra se ela enfrentasse o mesmo tipo de extermínio social, econômico e cultural que impunha a outros povos.

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3 - Conan, o Bárbaro - Robert E. Howard(Lançado em 1933)

Nascido em um campo de batalhas e filho de um ferreiro de aldeia, aos quinze anos ele participa do bem-sucedido cerco à fortificação aquiloniana de Venarium, a qual foi construída em território da Ciméria. Logo após, entre os quinze ou dezesseis anos, deixa voluntariamente sua tribo e começa a vagar pelo mundo, tendo lutado ao lado dos loiros aesires (de Aesgaard, região que geograficamente corresponderia hoje à Escandinávia), sendo, posteriormente, escravizado pelos hiperbóreos. Escapando, atuou como saqueador, mercenário e pirata, sendo esta fase uma de suas mais marcantes devido a seu grande amor, a morena Bêlit, mais conhecida como a Rainha da Costa Negra, uma pirata shemita que comandava corsários negros e que veio a falecer nas mãos do último sobrevivente de uma raça milenar. Durante sua vida enfrentou guerreiros, feiticeiros, monstros, vampiros, demônios, lobisomens e até mesmo criaturas dimensionais.

Após inúmeras aventuras, aos quarenta anos, Conan, após uma guerra civil, estrangula o cruel tirano Numedides em seu trono, conseguindo se tornar rei da Aquilônia, que, junto com a culta Nemédia, constituíram as mais altivas e poderosas nações hiborianas. Após algumas tentativas de deposição, ele teria se casado com a cortesã Zenóbia e tido filhos com a mesma. Depois de cerca de trinta anos no poder, com cerca de sessenta e oito anos, Conan teria deixado o reino para seu filho mais velho, Conn, e partido para o enigmático Oeste, onde, após uma contenda nas misteriosas Ilhas de Antillia, remanescentes da desaparecida Atlântida, teria rumado com velhos companheiros de seus tempos de pirata ao obscuro continente de Mayapan, sendo que até aqui constam suas crônicas.

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4- A Revolução dos Bichos – George Orwell(Lançado em 1945)

Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século 20, A revolução dos bichos é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos.

Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto. Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A Revolução dos Bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias - a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo.

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5- 1984 - George Orwell(Lançado em 1949)

Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico.


De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro. O’Brien, hierarca do Partido, é quem explica a Winston que só nos interessa o poder em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade - só o poder pelo poder, poder puro.

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6- Eu, Robô - Isaac Asimov(Lançado em 1950)

Em 2035, é comum robôs serem usados como empregados e assistentes dos humanos. Para manter a ordem , esses robôs possuem um código de programação que impede a violência contra humanos, a Lei dos Robóticos. Quando o Dr. Miles aparece morto e o principal suspeito é justamente um robô, acredita-se na possibilidade de que os robôs tenham encontrado um meio de desativar a Lei dos Robóticos.

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7 - Laranja Mecânica - Anthony Burgess(Lançado em 1962)

Uma das mais brilhantes sátiras distópicas já escritas, Laranja Mecânica ganhou fama ao ser adaptado em uma obra magistral do cinema pelas mãos de Stanley Kubrick. O livro, entretanto, também é um clássico moderno da ficção inglesa e um marco na cultura pop, que ao lado de 1984, de George Orwell, Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, representa um dos ícones literários da alienação pós-industrial.

Alex é o jovem líder de uma gangue de adolescentes cuja diversão é cometer perversidades e atos de violência pelas ruas de uma cidade futurista governada por um Estado repressivo e totalitário. Depois de cometer um crime que termina em um assassinato, ele acaba preso pelo governo e submetido a um método experimental de recondicionamento de mentes criminosas, que se utiliza de terapia de aversão brutal.

Brilhante, transgressivo e influente, o livro traz uma visão assombrosa do futuro contada em seu próprio léxico inventivo chamado “nadsat”, que mescla gírias de gangues inglesas e palavras russas. O filme homônimo de Stanley Kubrick teve como base as primeiras edições americanas deste livro, que por conta da insistência dos editores americanos, tiveram o capítulo final suprimido, acreditando que um final sem redenção para Alex seria mais realista.

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Bem mochileiros, essa foi a primeira parte. Preferi ir colocando os livros em ordem de lançamento para provar que a literatura nerd/geek está presente desde sempre, e isso é só o começo! Temos muita gente criativa trabalhando do lado da “força”, e nos presenteando de tempos em tempos com grandes histórias.

Em breve a segunda e a terceira parte estarão no Mochila.

Mas se você tem alguma sugestão, uma opinião, um palpite, qualquer coisa... não deixe de nos mandar uma mensagem.

Mega abraço e até breve!

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