

CORONAVÍRUS
Pedro Almeida fala sobre o impacto
da Quarentena no Mercado Editorial
Por Glau Tambra
15/04/2020
Olá,ilhados!
Há quase um mês, a população brasileira foi surpreendida com um problema assustador. O Covid-19 havia entrado no Brasil, estava evoluindo em seu processo de contaminação e as primeiras mortes começaram a ocorrer. Os governos, na tentativa de conter o avanço desse vírus, tomaram medidas de prevenção e instruíram às pessoas a mudarem suas rotinas e a se isolarem, como sendo a maneira mais efetiva de diminuir o contágio e, assim, ficamos sem o contato humano ao qual estávamos tão acostumados.
Dessa forma, para amenizar a curva epidemiológica do vírus, a prevenção se resumiu à prática do isolamento social. O vírus criou um cenário nublado de incertezas para a economia mundial e brasileira. Tudo parou. A grande São Paulo, onde está concentrado o maior número de pessoas infectadas pelo vírus, está com suas ruas e grandes avenidas completamente vazias e desertas. O Rio de Janeiro também tomou medidas drásticas, evidenciando grande preocupação com as comunidades mais pobres. E com o passar dos dias os governos dos outros estados também foram se manifestando e adotando o isolamento social, como maneira mais assertiva na tentativa de diminuir os avanços de propagação do Covid-19. Orientação essa, que é amplamente defendida pela OMS – Organização Mundial de Saúde.
Parece cena de filme de terror? Infelizmente, não é.
Esse quadro nada animador para a crescente crise no mercado editorial poderia ser visto como o fim ou um recomeço nesse segmento artístico/cultural?
Quem vai nos falar sobre isso é Pedro Almeida da Faro Editorial.

O mercado está em crise há alguns anos quando sofreu um forte impacto com a recessão da economia brasileira em 2018,2019 e 2020, que se tornaram os piores anos para todos os envolvidos no ramo do livro. Esse impacto ocorreu em um efeito em cascata, com uma queda de 90% no faturamento das livrarias, muitas dessas grandes empresas fecharam parte de suas unidades ou pediram recuperação judicial, como é o caso da Saraiva. Com a recessão econômica castigando esse setor, as editoras receberam um duro golpe quando as livrarias anunciaram a suspensão unilateral dos contratos, dos pagamentos das faturas e dos consignados.
Pedro Almeida revela que os editores encontraram uma maneira para driblar a crise, a criação de grupos de conversa, para que pudesse discutir ideias e propostas, com vistas a ampliar seus horizontes e descobrir novas formas de alavancar as vendas para escapar desse momento incerto.
Esse triste, mas real cenário,também envolve as feiras de livros. As mais aguardadas para o ano de 2020, é o Festival de Poços (Flipoços) em Minas Gerais e a Bienal do Livro de São Paulo. A Flipoços foi adiada pelos organizadores, frente à pandemia que o Brasil e o mundo enfrentam. A Apex, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, parceira da Bienal de São Paulo noticiou que a feira promete aumentar o público estrangeiro da Jornada Profissional. Esse é o momento em que as editoras internacionais vêm à feira para negociar obras de autores brasileiros.
Mas será que esse público realmente estará presente?
Segundo Pedro Almeida, sim! Ele acredita que até lá, a situação (inclusive no mercado editorial) se normalizará.
Pedro, ainda fala na entrevista sobre o 62º Prêmio Jabuti e a nova categoria aberta para concorrência chamada de romance de entretenimento.
Para se inscrever acesse Prêmio Jabuti de Literatura e boa sorte aos inscritos!
Leitores do Mochila Nerd, uma das formas de ver e entender o mundo é por meio da leitura. Então, leiam e leiam muito!
Esse é o grande conselho de Pedro Almeida e do Mochila Nerd para todos os confinados!
E vamos manter as goodvibes!
Até a próxima!